terça-feira, 30 de março de 2010
Um Exorcista Entrevista o Diabo
Trata-se de uma entrevista de um padre exorcista – padre Domênico Mondrone.
Uma Parte do Prólogo do Livro.
O Autor não está entre os que se envergonham de crer na existência do Diabo e de sua nefasta atividade no mundo e, às vezes, prejudicando a infelizes indivíduos. Ele aceita totalmente o ensinamento de Paulo VI, exposto no discurso de 15 de novembro de 1972.
Bem como demonstra haver tido alguma experiência direta com o Maligno na prática real dos exorcismos; adiciono ainda que tive troca de impressões e de idéias com outros sacerdotes melhor treinados na mesma experiência. Com certeza li o livro de C. S. Lewis Le Lettere de Berlicche; mas é outra coisa. Sobretudo tive presente a apreciável obra de Corrado Balducci Os endemoniados, e ainda Era de diabo de A.Bohm e outros textos.
Em particular parece que o Autor aprofundou na famosa meditação de As duas Bandeiras, onde o santo dos Exercícios Espirituais, com uma grande eficácia representativa, faz-nos ver o chefe de todos os demônios enquanto, «na figura horrível», expõe aos seus seu programa de ação e a tática que utiliza para apanhar em suas redes as almas e as massas inteiras de homens.
Nas páginas que seguem, o Autor quis oferecer-nos simplesmente uma rápida idéia do ser e do comportamento deste anjo tenebroso que trabalha incansavelmente para causar-nos dano.
O Diabo é o maior mestre dos enganos, é um trapaceiro de astúcia incomparável, que não atua descoberto, mas às escondidas; trabalha na sombra, e sempre considera como inteligentes aos que não crêem em suas artimanhas, e inclusive negam sua existência. Assim, os primeiros em cair em suas redes são precisamente os sabichões, os chamados "espíritos fortes", os grandes iluminados da ciência deste mundo...
«A astúcia mais perfeita do Demônio, escreveu Charles Baudelaire, consiste em persuadir-nos de que ele não existe». Negar, por isso, a existência e a ação do Maligno é começar a assegurar-lhe já sua vitória sobre nós.
O Autor, com base em sua experiência, crê que Deus pode talvez permitir - como no caso dos exorcismos - que o Maligno seja interlocutor com quem o exorciza… Este último, com a autoridade de Cristo e da Igreja, pode obrigar o Maligno a responder a perguntas precisas propostas a ele e, às vezes, ainda que é o pai da mentira, arrancar-lhe algumas verdades... O Autor se serve deste poder de maneira mais abundante… Se recorre à fantasia sobre o modo de preparar e de desenvolver os encontros, com isto não pretende dizer que são fantásticas tantas verdades justificadas pela realidade das coisas. O que aqui ameaça, vai realizando-a. De resto: «Para quem crê, nenhuma explicação é necessária; enquanto para os que não crêem, nenhuma explicação é possível»
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